O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã, colegiado formado por representantes da população da bacia, usuários da água e Poder Público, através de uma consultoria contratada pelo Estado, está elaborando seu Plano de Bacia com o objetivo de viabilizar a gestão das águas de sua bacia, em consonância com a Política Estadual de Recursos Hídricos.
Até o presente momento foram concluídas duas etapas: a fase inicial de diagnóstico, na qual foram realizadas reuniões nos 28 municípios que integram a Bacia do Rio Camaquã, buscando identificar os principais problemas relacionados aos recursos hídricos que ocorrem na bacia, nos arroios Duro, Velhaco, Teixeira, São Lourenço e Turuçu (compreende “o rio que temos”); e a fase de prognóstico, na qual foram realizadas reuniões regionais, nas quais os participantes foram questionados sobre os usos desejados para as águas, nos diversos trechos dos rios que constituem a Bacia Hidrográfica (compreende “o rio que queremos”).
O diagnóstico mostrou que algumas nascentes e cursos d’água da Bacia do Rio Camaquã estão em processo de degradação, observando-se principalmente os problemas provocados pelo assoreamento e pela supressão da mata ciliar. Soma-se a isto o baixo índice de tratamento de esgotos domésticos em geral.
Nas reuniões municipais foi destacado o valor da água, de modo que os participantes compreendessem a importância do Plano de Bacia no desenvolvimento das atividades econômicas de cada município, visto que o mesmo estabelece metas de qualidade e quantidade das águas, repercutindo nos processos de licenciamento ambiental. De forma resumida, o enquadramento das águas irá regrar as atividades na bacia hidrográfica.
Durante o desenvolvimento das atividades também foi promovido um grande debate sobre a importância da gestão dos recursos hídricos, para conciliar os múltiplos usos da água. O foco das discussões foi no sentido do entendimento de que a água é um bem natural essencial à vida e vulnerável à ação do homem.
Entretanto, conhecer a água que desejamos não é o suficiente. É necessário desenvolver as ações que serão propostas na terceira etapa. É neste momento que serão considerados os Planos Setoriais (por exemplo, o de saneamento básico, que inclui esgotamento sanitário, drenagem pluvial, abastecimento público e resíduos sólidos), os Planos Diretores e os Planos Municipais de Conservação do Solo, entre outros necessários a uma adequada gestão do território.
Sendo assim, é importante destacar a necessidade do envolvimento de todos, para que se consiga alcançar as metas propostas no Plano de Bacia do Rio Camaquã.
“Pense no seu amanhã, cuide do Rio Camaquã.”